No Brasil o modernismo tem como marco
simbólico a Semana de Arte Moderna realizada na cidade de São Paulo em
1922. Foi um movimento de grande importância para a literatura no país e
é considerado um divisor de águas na história da cultura brasileira.
Segundo o professor Alfredo Bosi “a semana foi, ao mesmo tempo, o ponto
de encontro das várias tendências modernas que desde a I Guerra se
vinham firmando em São Paulo e no Rio de Janeiro, e a plataforma que
permitiu a consolidação de grupos, a publicação de livros, revistas e
manifestos, numa palavra, o seu desdobra-se em viva realidade cultural.”
Segundo Ítalo Moriconi, modernismo é igual à modernização mais
conscientização nacional. É o Brasil ajustando as lentes para melhor
olhar-se a si mesmo. Dele nasceram as bases contemporâneas da autoestima
brasileira. A literatura modernista no Brasil assumiu aspectos
peculiares, só em certa medida, provenientes da moderna literatura feita
na Europa. Autores como Oswald de Andrade, conscientes da situação de
estagnação em que se encontrava as letras brasileiras, foi “beber”
algumas ideias nas diversas correntes de vanguarda europeia. Ao
contrário da literatura dos estilos anteriores, que de certa forma não
passavam de adaptações europeias, o modernismo, defendia a antropofagia,
metáfora para representar a “digestão” da cultura estrangeira que
estava sendo importada.
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